terça-feira, 3 de novembro de 2015

Ei noite

Desanimada, cansada, sozinha:
Caminhava.
Abandonada cuspiu na vida,
Latejava.

Cansada, respira com calma:
Morria.
Ansiedade, insônia, sofria:
Inquietada.

Amada rasteja suas dores:
Vazias.
Aquela que tudo já fostes:
Ardia.

Um passo, um esforço em vão. 
Calada rasteja no chão.

Quem fostes? Importa tão pouco.
Te trouxe um ar de louco.

Visão que embaça na noite,
Nas noites que embaçam 
A vida.

Nas noites que some
A vida.

Nas noites que morre
A vida.

Nas noites já eras
Partida.

(Amanda Girão/Ama)


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