domingo, 17 de junho de 2012

Carta em silêncio

Há sempre muita coisa esquecida entre nós. Há sempre uma ignorância dos erros, frases inacabadas, soluções perdidas.

Sempre uma questão que é deixada para lá, mas continua perambulando em nossas mentes. Uma falta de comunicação, por parte de ambos. Sempre uma promessa desviada, adaptada as situações. Não há compartilhamento de emoções alem de torrentes, explosões no ultimo nível.

As lagrimas sempre escondidas, as dores sempre "superadas", raiva engolida, tudo só. Não há mudança, mas tudo mudou. Existe paixão, mas não há companheirismo. Mísera competição de poder pelo outro, sobre outro e apenas dois perdedores. Me apego a um fio de estupidez, uma lembrança, uma esperança. Uma felicidade vivida. Promessas queridas, depois vazias como meu corpo.

Será que vou recuperar meu sorriso, aquele sorriso? Será que vou recuperar meu olhar? Meu olhar brilhando, segurando uma emoção, que diferente de agora, não era tristeza. Não sei. "Precisava te dizer tanto e não direi nada".

domingo, 10 de junho de 2012

Quietude



Um silêncio nesta casa.
Portas vivas atingindas pelo toque,
Não se abrem nem se fecham.
O silêncio se comove.

Foram-se as tuas doces palavras,
melodias aos ouvidos,
maçanetas para as portas.

Sumiu-se com teu doce abrigo.
Lembrança de acochego mudo,
inquietação imóvel, curiosidade quieta.

Meu olhar, levou embora
Com as belas palavras e abraços
Fixados com tantos laços
Que já não sabem se existem agora.

Meu olhar que se perdeu
nas bobas saudades.
Teu olhar que se esqueceu
das minhas verdades.


(Ama)