terça-feira, 29 de setembro de 2015

Vida

Acordo e é noite,
enquanto dormia,
escureci com o dia.
Esqueci da vida, mergulhei no sonho,
mas despertei para o que havia.

Havia o real e o encarei:
ele se foi efêmero, mutante,
em dias a fio, despedacei
e montei a vida errante.

Senti meus laços em sentimentos
dos que se dizem meus semelhantes.
Rompi tratados incongruentes
do que eu seria adiante.

Depois me perdi em mim de novo
e agarrei no olhar a morte,
procurei nela socorro.
Escura, ela disse: boa sorte.

 (Amanda Girão, algum momento de 2009)

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Boa noite e até nunca! Deixei no teu jornal matinal (ao lado do cinzeiro e da caixa de cigarros), na seção obituário, sorrisos frios, uns olhares. E parti. Adeus! eu disse quando te conheci.

(Ama)