Acordo e é noite,
enquanto dormia,
escureci com o dia.
Esqueci da vida, mergulhei no sonho,
mas despertei para o que havia.
Havia o real e o encarei:
ele se foi efêmero, mutante,
em dias a fio, despedacei
e montei a vida errante.
Senti meus laços em sentimentos
dos que se dizem meus semelhantes.
Rompi tratados incongruentes
do que eu seria adiante.
Depois me perdi em mim de novo
e agarrei no olhar a morte,
procurei nela socorro.
Escura, ela disse: boa sorte.
(Amanda Girão, algum momento de 2009)
terça-feira, 29 de setembro de 2015
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